Como chegamos a isto?
Desde a idade do instinto matando iguais, sempre em busca do algo mais, sempre...Fina essência da exploração do homem pelo homem que transcende o tempo. Uma exploração que teimamos em manter calada ou travestida, degradando o corpo e amputando a dignidade ao espírito. O cansaço que se inclina às costas nos faz olhar de baixo, como chaplins reinventados dos tempos modernos.
Aprendemos a argumentar para nos orgulhar da supremacia aos animais. Uma ironia aplaudida na idêntica luta por territórios. Nós sim, temos intelecto, calculamos riscos e consequências, enumeramos possibilidades, discutimos, debatemos e... Qual a diferença? Eles, ao menos, têm a desculpa de não conseguirem expor as idéias. Nós, só conseguimos mostrar ao tempo que a degradação do homem é anterior aos séculos.
Queremos sempre poder mais para querer um pouco mais. Inclinamos uma busca ao nada disfarçada de felicidades e sucessos, desenhos em nuvens que anseiam controlar a areia da ampulheta da vida. Assim almejamos destaques sociais desprovidos de pudor e defendidos com armas. Aprendemos a enganar o espelho com sorrisos de vencedor e a esquecer que o caminho para sermos diferentes vem sendo construído com gigantescas pedras que soterram homens, esmagam vidas, caçoam das dignidades e pesam, pesam demais.
Aprendemos a nos explorar ignorando todo e qualquer princípio de igualdade. Conceito que nós mesmos inventamos... e esquecemos, relegando a dor aos homens. Na evasiva dor dos outros esquecemos de nós...do nós. Ensaiamos um paradoxo cênico, cínico, trágico. Um vão consumo de almas evidenciando que tudo deu errado e que nunca fomos os homens que construimos na idéia.
O tempo da esperança parece ter envelhecido, desbotado em meio a nuvem desta poeira de caos. Erramos, todos erramos...no culto ao ódio, ao ócio, ao mérito, ao poder. Erramos em resignação, em desistência, subserviência, em conformação a este mar de desgraças que chamamos Ordem. Erramos em erguer esta vergonha com orgulho, escondida sob o lindo véu de uma democracia que apresenta-se como o avesso ao próprio nome.
O indivíduo vai corroendo o homem e enclasurando-o em egoísmo. Estamos no limite da interiorização...chegamos ao ínfimo das análises...nos destruimos. Não temos mais para onde nos individualizar, perdemos os esconderijos. Este individualismo nos levou ao ao ápice da implosão do ser. E no último fôlego da idade da esperança, nos resta apenas buscar o que há de mais real no que é ser humano para mudar a ordem das coisas, o que há de mais simples, de mais latente; o ímpeto rebelde.
Desde a idade do instinto matando iguais, sempre em busca do algo mais, sempre...Fina essência da exploração do homem pelo homem que transcende o tempo. Uma exploração que teimamos em manter calada ou travestida, degradando o corpo e amputando a dignidade ao espírito. O cansaço que se inclina às costas nos faz olhar de baixo, como chaplins reinventados dos tempos modernos.
Aprendemos a argumentar para nos orgulhar da supremacia aos animais. Uma ironia aplaudida na idêntica luta por territórios. Nós sim, temos intelecto, calculamos riscos e consequências, enumeramos possibilidades, discutimos, debatemos e... Qual a diferença? Eles, ao menos, têm a desculpa de não conseguirem expor as idéias. Nós, só conseguimos mostrar ao tempo que a degradação do homem é anterior aos séculos.
Queremos sempre poder mais para querer um pouco mais. Inclinamos uma busca ao nada disfarçada de felicidades e sucessos, desenhos em nuvens que anseiam controlar a areia da ampulheta da vida. Assim almejamos destaques sociais desprovidos de pudor e defendidos com armas. Aprendemos a enganar o espelho com sorrisos de vencedor e a esquecer que o caminho para sermos diferentes vem sendo construído com gigantescas pedras que soterram homens, esmagam vidas, caçoam das dignidades e pesam, pesam demais.
Aprendemos a nos explorar ignorando todo e qualquer princípio de igualdade. Conceito que nós mesmos inventamos... e esquecemos, relegando a dor aos homens. Na evasiva dor dos outros esquecemos de nós...do nós. Ensaiamos um paradoxo cênico, cínico, trágico. Um vão consumo de almas evidenciando que tudo deu errado e que nunca fomos os homens que construimos na idéia.
O tempo da esperança parece ter envelhecido, desbotado em meio a nuvem desta poeira de caos. Erramos, todos erramos...no culto ao ódio, ao ócio, ao mérito, ao poder. Erramos em resignação, em desistência, subserviência, em conformação a este mar de desgraças que chamamos Ordem. Erramos em erguer esta vergonha com orgulho, escondida sob o lindo véu de uma democracia que apresenta-se como o avesso ao próprio nome.
O indivíduo vai corroendo o homem e enclasurando-o em egoísmo. Estamos no limite da interiorização...chegamos ao ínfimo das análises...nos destruimos. Não temos mais para onde nos individualizar, perdemos os esconderijos. Este individualismo nos levou ao ao ápice da implosão do ser. E no último fôlego da idade da esperança, nos resta apenas buscar o que há de mais real no que é ser humano para mudar a ordem das coisas, o que há de mais simples, de mais latente; o ímpeto rebelde.